Sábado foi a primeira festinha Julina da vida do Henrique.
Festa da escolinha, molecada reunida, bandeirinhas, música...ele achou um
barato. Até topou ficar um pouco com o chapéu, mas por 5 minutos. Achei que foi
bastante tempo, se comparado ao tanto que ele suporta ficar com o gorrinho na
cabeça antes de jogar longe.
Até aí tudo beleza, lugar comum. Foi então que lá pelas
tantas me chega a mãe de uma das coleguinhas do filhote pra cumprimentar: “E
aí, como ta o chefe da quadrilha?”
Oi?? Chefe da quadrilha? Isso foi pro meu anjinho de 1 ano??
Fiquei meio muda, achando que tinha entendido errado ou que ela tava se referindo à quadrilha da festinha. Mas
não: “Ah...é assim que o Henrique é conhecido na salinha dele...o chefe da
quadrilha”, ela emendou, rindo. “É ele que puxa os coleguinhas pra fugir da
sala e fazer arte”. Tudo confirmado pela professora.
Eu ri, claro. Meu bebezinho ingênuo, tão
meigo....ser conhecido como chefe da quadrilha! Ta bom que é uma quadrilha
mirim...mas é engraçado imaginar sua cria como o rebelde do maternal...fala aí, Zé Pequeno!
E aí, além de achar engraçada essa sapequice do espoleta,
fiquei matutando... Henrique tem só 1 ano, mas nessa idade os danadinhos já
começam a demonstrar personalidade, né? Ele é meio voltado pra arteirice mesmo,
já percebi. Nunca foi um bebê de ficar parado num lugar, de aceitar ficar muito
tempo no colo e gosta de mexer e fuçar naquilo que não é pro bico dele e depois
olhar pra gente com um sorriso maroto e ainda fazer que não com a cabeça pra
afirmar que sabe que não pode...mas vai fazer assim mesmo.
E mãe é uma criatura mais engraçada ainda, porque achei
bonitinho o moleque já ter personalidade. O bichinho não vai virar bandidão nem
vai fazer rebelião na creche, graças a Deus, mas pra mim isso é sintoma de
criança curiosa. Criança curiosa dá trabalho, mas descobre o mundo com menos
medo e é feliz. E se ele ta sendo feliz assim, então ta tudo certo. Vai em
frente, meu Zé Pequeno!