quinta-feira, 29 de maio de 2014

A Fanfarra da Noite

E aí chega a noite. E, com ela, minha ansiedade master.

Não, não tenho mais medo do escuro. Meu medo agora é outro. O pituquinho tem dia que simplesmente resolve que não quer dormir (praticamente todos os dias). Mas não é só isso...ele não quer dormir e resolve que à noite é hora de fanfarra. Berreiro. Choradeira que tenho certeza que o vizinho pensa que sou daquelas mães que beliscam o filho e tranca ele no quarto escuro chorando sozinho.

Negócioseguinte: já sei dessas regrinhas todas de rotina. Sigo todas. Chegou da escolinha é papá, banho e, como ele ta pingando de sono já bem cedo – porque gastou muita energia na creche – 8 horas é já pra cama. Não é falta de sono, não tô forçando o moleque a dormir. Essa é a hora que ele capota mesmo. Mas, antes de capotar, a fanfarra. E durante a noite também.

Essa é uma das partes mais difíceis da maternidade pra mim. Não me importo de acordar uma vez ou outra, de dar um mamazinho básico da madrugada, de mostrar que tô ali. O negócio é fazer isso até 6 vezes por noite, cansadérrima, bêbada de sono e tendo que trampar no dia seguinte bem cedinho. Há 11 meses.

Henrique nunca foi lá um bebê de dormir muito. No começo acordava a cada 2 horas pra mamar no peito e eu acho até normal. Beleza. O problema é que na hora de por no berço o alarme disparava e eu, na minha inexperiência de mãe de primeira viagem, pegava outra vez no colo e dá-lhe peito de novo. Resultado: ele dormia no colo que era uma maravilha. Eu dormia pescando na cadeira de amamentação (bendita almofadinha que não deixava o moleque cair do meu braço).

Minha esperança era que, indo embora os famigerados 3 meses, fossem com eles também as noites de insônia. Ra. Rararara. Sabe de nada, inocente! O negócio foi se agravando e eu era daquelas mães que já chegaram a dar voltinha de carro pra por pra dormir, segurar o xixi de noite pra não ter que abrir a porta e fazer barulho, e pisar na ponta do pé (e tacar o dedinho na quina da cama no escuro).

Depois minha esperança passou a ser que quando ele começasse a se alimentar de coisas sólidas o sono viesse firme e forte. Mas as únicas coisas que vieram mais firmes foram as bolotinhas nas fraldas. Nada de sono.

A partir daí tentei de tudo. Chá de camomila no banho. Chá de camomila pra beber. Sabonete relaxante. Musiquinha calma. Mozart. Massagem com óleo. Por o bercinho no meu quarto. Voltar com o bercinho pro quarto dele porque não deu certo. Mentalização. Banho de sal grosso (é verdade). Rezar pro Anjo da Guarda. Promessa. Hoje mesmo é o 3º dia da Novena que tô fazendo pra Santa Terezinha pedindo um help. Vamu na fé.

No entanto, tô vendo uma luzinha no fim do túnel: há alguns dias, depois que voltei o bercinho pro quarto dele, o pequeno insone ta acordando bem menos e voltando a dormir mais rápido depois que acorda. Pra ajudar no processo, fiz um balagandã de papel alumínio pra ele lembrar de mim e deixo o Fofão – o cachorrinho de pelúcia que ele ama - do lado dele no berço. Ponto pro time das mães!

Henrique parece que ta curtindo a ideia e vem acordando de melhor humor. E eu também.

Agora vou esperar uns dias e ver que bicho dá. Mas já melhorou bastante, grazaDeus. E Santa Terezinha, que já não agüenta mais minha ladainha.

Os vizinhos agradecem e rezam junto.

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