segunda-feira, 26 de maio de 2014

Da loucura à razão: um pouquinho de como tudo começou

Hoje começo a escrever este blog, produto da minha imaginação já a alguns meses. Mas, por falta de tempo e excesso de cansaço, sempre adiei.

Não que o tempo tenha aumentado ou o cansaço diminuído...simplesmente resolvi tomar posse desse cantinho pra comentar algumas das loucuras e maravilhas que a maternidade nos traz. 
Sempre sonhei ser mãe, mas só fui fazê-lo mesmo com 36 anos de idade. E, sinceramente, posso dizer que foi na hora certa. 


É, eu sei, a gente pensa: mas quê! Tinha que ser mãe antes, já tá meio véinha pro jogo, né? 


Então...eu também pensava assim. Que ia ser antes. Que o quanto antes fosse era melhor.


Até que aconteceu comigo...e ó, digo e repito: foi na hora certa. Não ia dar conta se fosse antes...hoje vejo que aos 25, até 30 anos não tinha cabeça pra abdicar de tanta coisa que temos que abdicar quando nos tornamos mãe. Ainda hoje acho bastante difícil quando lembro que não há dias de folga, não há férias desse ofício – e tem horas que tudo que você mais quer na vida é escarrapachar na cama fim de semana, dormir, ver um filme, dormir, comer uma pipoquinha com o maridóvsky, dormir, tomar um porre, dormir... mas, sinto muito: você é mãe. Não tem babá. Perdeu, maluco.


A sorte é que tem o lado bonito da coisa: quando você escuta o tchuquinho falando “mamamã” e abrindo aquele sorrisinho safado, seu coração de manteiga derrete e uma lagriminha bobinha chega a brotar no canto do olho. E tem a hora que você olha pra ele e pensa: Oi? Esse narizinho é meu! (ta bom, ele é a cara do pai, mas o nariz é meu!). Ou então quando você pega ele no bercinho, às 6 e meia da matina, e o bichinho gruda em você e te dá aquele abraço apertado, tipo “fiquei com saudade”. É bom sim, gente.

Mas é o que falei: fácil, não é. Ninguém ta preparado. É a experiência que te prepara.

Antes de engravidar do Henrique, estive grávida por duas vezes. Do mesmo marido, diga-se de passagem. Tive aborto espontâneo nas duas vezes, causado por trombofilia gestacional (mas isso é assunto para outro post). Então, quando finalmente minha gravidez vingou e me vi barriguda, foi a sensação mais vitoriosa e feliz da minha vida. Não sei se teria cabeça para isso tudo a 10 ou mesmo 5 anos atrás.

Mas é o que disse: é a experiência que te prepara. Nada mais. Livrinhos, conselhos, dicas te ajudam. Mas na sua cabecinha de ainda-não-mãe e grávida tudo é lindo. Você não vai acordar várias vezes de madrugada até ele completar 20 anos (rsrs), ele não vai ter febre, você não vai ficar um caco e vai ter tempo de fazer a unha e depilar a perna de 15 em 15 dias.

E aí o bebezico nasce e pá. É o choque de gestão...rs. A realidade. A vida. Louca e maravilhosa. Como tinha de ser mesmo.

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